Saturday 22 September 2007

El Djem



A miscelânia de culturas foi um dos aspectos que mais me impressionou. Algures, no meio de uma paisagem bem árida, eis que surge um Coliseu Romano. El Djem ali com a sua imponência, com a sua arena oval, rodeada por construções árabes e até uma mesquita. Voltei ao meu tempo de liceu, às aulas de História dadas pela prof. Arlette, que não nos permitia utilizar os manuais e a quem devo a facilidade com que capto o que os outros dizem e a caligrafia ilegível que me caracteriza.
Foram muitas as fotos tiradas e juntá-las-ei num pequeno dispositivo que colocarei aqui e se possível com música árabe. Muita gente considera a música árabe monótona. Eu gosto da sonoridade, da melodia apesar de não entender nada da letra. Mas afinal, a música por si só não é um dom com que nos presenteamos a nós mesmos? A musicalidade árabe junto de um coliseu romano bastante bem conservado transportou-me para um outro mundo, um mundo mágico onde as notícias repetitivas das desgraças do mundo não chegavam porque eu não as queria ouvir. Foi uma segunda decisão: pode ter sido egoísmo puro, mas não quis saber das misérias do mundo. Usufruir do prazer foi o lema durante a viagem.

4 comments:

AmSilva® said...

a musica arabe não é monotona, é preciso saber escutar o que ela transmite, poderia se dizer o mesmo do hip hop ou mesmo da musica de disco...

caligrafia ilegivel
ainda bem que aqui só aparece informatizado eheheh

egoismo nada, afinal nem fomos nós que provocamos a guerra, apenas sofremos com ela ou com as consequencias dela

Kátia said...

Eu adoro música árabe!Tenho muitas!Que bom que compartilha conosco as suas viagens,que bom!Beijo!

eduardo jai said...

A foto de cima é mesmo linda. Gostei de ler mais das tuas memórias recentes de lá.

Há música árabe incrível, com melodias e ritmos fascinantes.

Não é só a música que me encanta. Toda a cultura árabe é interessante. Mais, muito, muito mais - a meu ver - que a que chega das bandas da mcdonaldslandia, onde são apelidados de towel-heads e de terroristas, quase invariavelmente.

Não fosse o facto da guerra metódica e paranóica que a administração bushiana impõe quando e onde quer por 'whatever reason' e mais uma, não estou a ver que eles se importassem muito com isso.

Claro que estou a falar no geral e não estou a incluir o extremismo religioso ou os 15 % da população norte-americana ainda saudável e sobrevivente ao poder da cultura CNN, temperada com asinhas do 'kentucky fry chicken'.

Aguardo os slides :)

1 Dia Bom

Manela said...

Amsilva:
Obrigado pelas palavras. Também concordo com o que me disse. Nem sabe do que se livra por aqui estar tudo informatizado :).
Kátia
Vou compartilhando até que a voz me doa, como diz o fado. Vou ver se consigo pôr aqui algumas músicas árabes...
Beijo e boa recuperação...
Ed
Também adoro a cultura árabe e não é por acaso que els foram a civilização mais avançada... Odeio fundamentalismos e não são só os árabes que o são... Bush é o idiota mais fundamnetalista que conheço, mas creio que ali é o peso do petróleo que "comanda a vida."
Os slides hão-de vir... preciso de tempo...
Uma boa semana!
Abraço