
Os contrastes da paisagem tunisina são incríveis. A caminho de Matmata, interior, sul, montanhoso, onde ainda há gente que vive nas casas cavadas nas montanhas, aproveitando alguns para ganhar algum dinheiro à custa dos turistas, a paisagem árida, desértica começa a impôr-se. A aridez tem uma beleza agreste, colorida de amarelo seco ou seja das cores desérticas que reflectem a luz e nos mimam com sombras de tudo... a imagem que pus no perfil é uma dessas sombras captadas. Ali, não há nada, apenas um pastor de quando em vez, um ou dois camelos (no sul, já perto do Sara, é que se vêem muitos...) e o infinito que parece dizer-nos bem baixinho:" vês, quanto és pequenina? que aconteceria se tivesses de viver aqui sem luxos, sem supers, sem net? "
Aqui, percebemos , se quisermos (há quem se recuse a ver a realidade...)que tudo é efémero na vida e que gastamos demasiado dela em futilidades e preocupações que pouco ou nada têm a ver com a essência da natureza, com as diferentes realidades culturais marcadas todas elas pela geografia dos lugares. Afinal, nós vamo-nos adaptando às condições que nos rodeiam.
E como em Roma, sê romano, na Tunísia fui berbere. Gostam da minha mão tatuada com henna, pintada cuidadosamente por um árabe bem moreno que me fez um preço especial? (Acho que fui enganada, mas valeu pelos momentos boa disposição que nós passámos ali, ele pintando a mão e conversando e o meu ELE tirando fotos. ) E a mão pintada serviu de passaporte para a comunicação fácil, mais uma vez.
3 comments:
Que texto bonito!
E a pintura é linda :)
Gostei muito de sua tatoo.Fizeste bem em pintá-la.
;)
Ed e Kátia
Por enquanto, ainda continuo com a mão pintada, embora as "flores" já estejam meio acinzentadas. Mas o que interessa é que as flores ainda vivem em mim...
Um abraço e Boa Semana
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