Pequenos luxos que fazem a diferença

Levantar cedo, ver espaço e vida quando se abre a janela, tomar o chá preto com uma pinga de leite , acompanhada por uma torrada de pão de cereais com queijo e mel, depois de uma peça de fruta. Depois, vestir uma roupa bem prática, um casaco ( não vá S. Pedro decidir dar um duche ao planeta), de preferência impermeável , e caminhar até ao café onde se pode ler o jornal, dar dois dedos de conversa aos habituais clientes que já se conhecem de rotinas idênticas, tomar a bica e, porque não , fumar um cigarro...

Eis  um início de dia perfeito e, para o que não é preciso muito dinheiro. Apenas não viver numa zona exclusivamente residencial, onde as pessoas saem de manhã e regressam depois do trabalho, sem vontade nem disposição para falar com quem quer que seja, para além dos trabalhos que em casa ficaram por fazer desde manhã. Pode ser uma aldeia ou um bairro de cidade, pouco importa, mas tem de ser um local onde a vida se veja... se sinta, onde não se esteja dependente de transporte próprio, onde haja gente com quem falar de coisa nenhuma, nem que seja para não se perder o hábito de falar...