Thursday 20 July 2017

uma semana de férias...

Uma semana na praia com os rapazes da família. O sol brilhou sempre embora algum vento se fizesse sentir mas que permitia tolerar a temperatura algarvia. 
Praia, passeios e convívio de ternura com os meus netos. Andaram por Vilamoura, na Marina, onde os barcos se amontoavam, numa ostentação de riqueza e aventura. Curioso, como o Lucas não gostaria de viver ali… muita confusão , dizia ele.
Algumas recordações me encheram de tristeza que escondi … ali, assisti a um Congresso, poucos dias depois da minha irmã ter partido. Nessa época, a tristeza tomava conta de mim e a beleza dos barcos, das ofertas de consumo, das viagens que o mar e os iates faziam sonhar não foram suficientes para esquecer a partida de alguém que amava e que sempre fizera parte da minha vida… não deixei que a tristeza fosse noitada por eles. Pelo contrário, contei - lhes pequenas histórias ali vividas com a Judite, amiga de longa data , ali residente. 
Por vezes, pergunto- me se não falar das emoções tristes que nos assolam a crianças, será ou não aconselhável. 
A vida tem momentos bem tristes e não é por os omitirmos que deixam de existir ou deixamos de passar por eles… acredito que as crianças são capazes de entender bem os acontecimentos menos felizes que também os ajudam a crescer.
O grande objectivo para as crianças era poderem saltar nos parques aquáticos, onde divertimentos de toda a ordem estão ali à mercê de uns minutos de espera em filas de gente, ordenadamente aguardando a sua vez. Não seria capaz de usufruir de alguns dos escorregas mas a cor, o movimento, os sorrisos visíveis nos corpos em fato de banho, a música que ecoa no recinto agradam-me… fazem-me sentir viva e esquecer situações menos agradáveis.
As crianças estavam exultantes, incapazes de pararem um pouco… corriam de um para outro escorrega e gritavam “ Vó, vêm connosco , é bom, vais gostar”… eu ia circulando,  vigiando e tirando fotografias.
Depois de jantar, um trampolim com elásticos que permitia saltar na vertical, era o divertimento favorito e diário. Até o mais novato, que na água, revelava algum temor, ali era um mestre. Saltos e mais saltos, gritos de alegria … era a adrenalina no auge…
Andar no calçadão de tuktuk , em que também eles podiam conduzir e todos, com excepção do avô, pedalavam, tornou- se uma actividade a merecer repetição. O calçadão tem cerca de 2 km, bem largo e ao longo de praias bem quente, com nomes diferentes consoante o café ou hotel que a explora. A nossa favorita era a Praia do Zé, com um bom serviço de snacks, pizzas, sandes, saladas , sopas e gelados, no areal e onde passámos muito tempo, comendo, tentando por os pés no areal, bem quente, jogando nos telemóveis, lendo o jornal, conversando.. 
Foi uma semana deliciosa, a repetir, enquanto a idade e o dinheiro nos permitir. 

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