Monday 25 July 2016

Domingo à noite

                      
Silêncio e paz
Pintam o pinhal!
O movimento foi,
desvaneceu-se como sol...
Partiu no domingo...

A escuridão enche  a noite
E o silêncio...

O pressentimento regressa,
Transparente,
Vivo,
Nítido 
como a lua no  firmamento!

A solidão não pesa,
Nem angústia,
Nem adormece os sentidos ;

Desperta-os.

Não quero ser obstáculo nem fantasma
colorido
do prazer desejado,
sentido,
Escondido.

Desculpas forjadas
Ou reais 
Emergem com frequência , 
escapadas plausíveis,
Lógicas,
São.

O céu alaranjado
Do sol já posto
Lança um aviso de lá ,
 do longe...

A mentira só convence
Misturada com verdade.
A traição está lá,
Vive na sala,
Vive na cabeça,
No gesto solitário,
Na imagem guardada
Com palavras seleccionadas,
Simples,
desconhecidas .

E a paz regressou,
Uma paz cinzenta,
Corrompida,
 pela decisão não tomada,
Há longo tempo conhecida.

O céu está escuro,
O fogo,em cor,já não é;
A lua já lá não está,
O sono espera,
O sonho já foi.









No comments: